O FC Porto venceu os vizinhos boavisteiros por três golos sem resposta, mas engane-se quem pensou que a vitória foi fácil, pois o resultado dilatado é enganador, tais a dificuldades sentidas pelos azuis e brancos, principalmente na primeira parte.
Sérgio Conceição, apostou
no mesmo onze que venceu na jornada passada a equipa do Paços de Ferreira por uns
esclarecedores 6-1, apresentando o habitual figurino tático de 4-4-2,
normalmente utilizado nos jogos do campeonato. Todos nós sabemos como são estes
derbies portuenses, repletos de luta, garra, entrega, paixão, lances divididos
no limite e dureza, e neste jogo nada disso faltou. Um Boavista forte na pressão
alta, assertivo nas segundas bolas e autoritário a defender, nunca consentiu
grandes veleidades aos avançados portistas, inquietando um FC Porto que costuma
ditar a leis do jogo. Yusupha Njie um jovem Gambiano de
apenas 23 anos, emprestado pelos marroquinos do FUS Rabat, e pela
primeira vez titular no ataque dos axadrezados, revelou-se um autentico quebra
cabeças para a defensiva portista. Irrequieto e irreverente, esteve perto de
marcar, mas José Sá respondeu a altura protagonizando excelentes defesas. O
FC
Porto não conseguia dominar o jogo e isso refletia-se na fraca
participação dos avançados portistas que nunca tiveram a bola em condições para
finalizar.
imagem de Catarina
Morais / Kapta +
Para a segunda parte, o FC
Porto sabia que tinha que fazer algo diferente se queria levar de
vencida a aguerrida equipa axadrezada, e entrou muito mais pressionante e
autoritário, conseguindo dessa forma abrir o marcador logo aos 50 minutos, através
do inevitável Vincent Aboubakar concluindo uma assistência perfeita de Yacine
Brahimi. O mais difícil estava feito, mas os portistas não podiam
abrandar a intensidade, sob pena de sofrerem o golo do empate. Os boavisteiros
não baixaram os braços e continuaram a procurar responder ao golo sofrido,
fazendo tremer a defensiva azul e branca por diversas vezes. Sérgio
Conceição, decidiu lançar em campo André André para transmitir mais consistência
ao meio campo, e foi essa alteração que fez com que os portistas tivessem algum
ascendente na zona intermediária. Jorge Simão arriscou tudo, mas os
azuis e brancos mataram a partida com dois golos em duas transições rápidas e
noutra ainda acertaram na trave.
imagem de Catarina
Morais / Kapta +
Destaque individual para André
André, entrou muito bem na partida e se calhar até um pouco tarde, transmitindo
capacidade de luta, trabalho e poder de choque a um meio campo que estava a
perder todas as segundas bolas. Do lado axadrezado, Yusupha Njie sobretudo na
primeira parte foi um lutador incansável, importunando de sobremaneira a
defensiva portista.
Em suma, vitória expressiva do FC Porto,
mas o resultado não espelha as muitas dificuldades sentidas, no entanto e para
a história fica mais uma vitória (9 em 10 jogos) permitindo manter o primeiro
lugar na classificação da Liga NOS.
0 comments