DESPORTO: Liga NOS | Boavista – FC Porto | Rescaldo e opinião

30.10.17


O FC Porto venceu os vizinhos boavisteiros por três golos sem resposta, mas engane-se quem pensou que a vitória foi fácil, pois o resultado dilatado é enganador, tais a dificuldades sentidas pelos azuis e brancos, principalmente na primeira parte.

Sérgio Conceição, apostou no mesmo onze que venceu na jornada passada a equipa do Paços de Ferreira por uns esclarecedores 6-1, apresentando o habitual figurino tático de 4-4-2, normalmente utilizado nos jogos do campeonato. Todos nós sabemos como são estes derbies portuenses, repletos de luta, garra, entrega, paixão, lances divididos no limite e dureza, e neste jogo nada disso faltou. Um Boavista forte na pressão alta, assertivo nas segundas bolas e autoritário a defender, nunca consentiu grandes veleidades aos avançados portistas, inquietando um FC Porto que costuma ditar a leis do jogo. Yusupha Njie um jovem Gambiano de apenas 23 anos, emprestado pelos marroquinos do FUS Rabat, e pela primeira vez titular no ataque dos axadrezados, revelou-se um autentico quebra cabeças para a defensiva portista. Irrequieto e irreverente, esteve perto de marcar, mas José Sá respondeu a altura protagonizando excelentes defesas. O FC Porto não conseguia dominar o jogo e isso refletia-se na fraca participação dos avançados portistas que nunca tiveram a bola em condições para finalizar.

imagem de Catarina Morais / Kapta +
Para a segunda parte, o FC Porto sabia que tinha que fazer algo diferente se queria levar de vencida a aguerrida equipa axadrezada, e entrou muito mais pressionante e autoritário, conseguindo dessa forma abrir o marcador logo aos 50 minutos, através do inevitável Vincent Aboubakar concluindo uma assistência perfeita de Yacine Brahimi. O mais difícil estava feito, mas os portistas não podiam abrandar a intensidade, sob pena de sofrerem o golo do empate. Os boavisteiros não baixaram os braços e continuaram a procurar responder ao golo sofrido, fazendo tremer a defensiva azul e branca por diversas vezes. Sérgio Conceição, decidiu lançar em campo André André para transmitir mais consistência ao meio campo, e foi essa alteração que fez com que os portistas tivessem algum ascendente na zona intermediária. Jorge Simão arriscou tudo, mas os azuis e brancos mataram a partida com dois golos em duas transições rápidas e noutra ainda acertaram na trave.

imagem de Catarina Morais / Kapta +
 
Destaque individual para André André, entrou muito bem na partida e se calhar até um pouco tarde, transmitindo capacidade de luta, trabalho e poder de choque a um meio campo que estava a perder todas as segundas bolas. Do lado axadrezado, Yusupha Njie sobretudo na primeira parte foi um lutador incansável, importunando de sobremaneira a defensiva portista.

Em suma, vitória expressiva do FC Porto, mas o resultado não espelha as muitas dificuldades sentidas, no entanto e para a história fica mais uma vitória (9 em 10 jogos) permitindo manter o primeiro lugar na classificação da Liga NOS.

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