Antes de começar a minha análise/critica ao filme Logan, quero deixar aqui registado que apesar de já ter visto a grande maioria do X-Men e Wolverine, nunca fui um grande admirador.
A história passa-se num futuro
próximo (2024), onde a população de mutantes foi reduzida de forma
significativa e celebridades como Logan (Wolverine) ou Professor
Xavier que outrora tinham poderes consideráveis, agora estão em
declínio. Logan vive como motorista privado e simultaneamente cuida de Xavier
que sofre de graves perturbações mentais, até ao momento que recebe um contato
para realizar um transporte Laura, uma jovem criança cuja origem
está ligada à natureza de Wolverine.
Apesar de inicialmente não
aceitar de animo leve a situação, aos poucos Logan vai absorvendo um
sentimento de paternidade sobre Laura e ainda que algo renitente
decide enfrentar os mercenários que procuram capturar todos os jovens com
mutações.
Se estão à espera de um filme
repleto de efeitos especiais, bem ao estilo dos X-Men, então
decididamente Logan não deverá ser a escolha, apesar de existirem alguns
interessantes sobretudo quando Logan e Laura fazem uso das suas
garras afiadas.
O filme impressiona sobretudo
pela visão que o realizador James Mangold (Wolverine ou O Comboio das 3
e 10) conseguiu transmitir ao publico sobre o lado mais humano dos
mutantes, fazendo cair por terra aquela sensação que são indestrutíveis e
inabaláveis, salientado o facto que também envelhecem, sofrem com doenças e
morrem. Não podemos cataloga-lo como um drama, pois a ação é um fator inevitável
num filme pertencente a este universo, mas é o desenrolar da trama que nos consegue
captar toda a nossa atenção, sendo o desfecho final arrebatador.
Hugh Jackman e Patrick
Stewart mais uma vez assumindo o papel de Logan (Wolverine) e Professor
Charles Xavier, respetivamente, e estão com representações bem ao nível
dos anteriores títulos, mas quem impressiona e nos comove é a pequena e jovem Dafne
Keen com uma excelente
interpretação dando vida a personagem Laura.
Em suma, Logan poderá ser um pouco
menosprezado pelos amantes da sétima arte por não ser uma grandiosa produção ao
nível dos X-Men, para além do poder transparecer uma ideia errada, do
género mais um filme sobre o Wolverine, no entanto para mim, o
realizador acertou em cheio, criando uma forma de nos emocionar e sensibilizar
para o lado humano dos mutantes.
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