DESPORTO: Liga NOS | Braga - FC Porto | Rescaldo e opinião

28.8.17


O FC Porto alcançou na quarta jornada da Liga NOS, a quarta vitória consecutiva e sem sofrer golos, superando com distinção, aquele que teoricamente foi o teste mais complicado até à data.

A primeira parte foi jogada a um ritmo muito alto e intenso, onde ambas as equipas procuraram atacar, tornando o jogo apelativo para todos os adeptos. No entanto, o FC Porto conseguiu marcar o golo da vitória logo nos primeiros minutos da partida (7 minutos), obra de Jesús Corona concluindo com mestria uma jogada de excelente recorte técnico. A velocidade não parava e o jogo continuava vertiginoso, com jogadas empolgantes a sucederem-se em ambas as balizas, até ao final da primeira parte. 

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Para a segunda parte, Sérgio Conceição retira o autor do golo Jesús Corona e faz entrar Otávio preenchendo mais o meio campo azul e branco, desviando Moussa Marega para o corredor direito, e talvez seja esta alteração a chave da vitória portista, pois como seria de esperar, o ritmo alucinante da primeira metade abrandou, passando o FC Porto a dominar as operações do jogo, sem nunca descurar o ataque. Os azuis e brancos pecaram na finalização e caso não tivessem sido tão perdulários, poderiam ter terminado com o jogo mais cedo, tal o volume de oportunidades criadas e algumas falhadas infantilmente. O Braga, apesar de muitas alterações na equipa inicial, pagou o desgaste do jogo a meio da semana para a Liga Europa, revelando alguma fadiga física na parte final do desafio.

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Destaque individual para a Equipa do FC Porto, por estranho que pareça não consigo individualizar ninguém, pois o que se assistiu ontem foi mesmo uma demonstração de capacidade, querer e vontade de um conjunto de elementos, que podem não ser os melhores, mas que ontem deram tudo o que tinham, lutaram até à exaustão e no final colheram os frutos de uma vitória no terreno difícil. Uma palavra especial para Sérgio Conceição, por norma os treinadores são muito criticados quando tomam opções que não são do agrado dos adeptos, mas a vitória de ontem tem muito da sua visão tática, ao equilibrar a equipa para a segunda metade. 

Do lado arsenalista, apreciação muito semelhante ao FC Porto, a equipa fez jus ao nome de “Gverreiros do Minho” e enquanto tiveram frescura física conseguiram dividir o jogo, excetuando a parte final. Uma palavra também para Abel Ferreira, que teve a coragem de fazer alterações na equipa, relegando para o banco elementos que vinham a ser titulares, como Ricardo Esgaio, Jefferson, Raúl Silva ou Ricardo Horta, e mesmo assim conseguiu manter o nível de competitividade elevado.

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Resumindo, o jogo foi um excelente espetáculo, com ritmo e intensidade elevados, sobretudo na primeira metade, mas a existir um vencedor, só poderia ter sido, como foi, o FC Porto. Numa altura em que se critica a Liga NOS, por ter três equipas e o resto é “carne para canhão”, o Braga provou que quando se quer e se é organizado, consegue-se lutar contra os teoricamente mais fortes.

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