Pressionado pelas vitórias dos rivais, pelos poucos jogos que faltam para o final do campeonato e pela necessidade obsessiva de recuperar pontos ao primeiro classificado, o Porto entrou temeroso e tanto receio só podia resultar no que se viria a suceder, golo sofrido aos 6 minutos de jogo. 

Não compreendo, e se calhar é por isso mesmo que nunca serei treinador, como uma equipa que precisa de ganhar, entra em jogo da forma que entrou (Felipe viu um amarelo desnecessário aos 50 segundos), tal como ocorreu no recente derby com o Benfica (golo sofrido aos 7 minutos) e pior, conseguiu dar 45 minutos de avanço ao adversário, pois apesar de ter reagido ainda na 1ª parte, nunca criou oportunidades claras de golo, para além de ter sido afortunado na grande penalidade desperdiçada por Pedro Santos, mesmo no lance final dos primeiros 45 minutos.

Para a segunda metade do desafio, a equipa sofreu alguns ajustes tácticos, corretos a meu ver, André Silva não pode jogar descaído para o flanco direito e a fechar o corredor e quando passou para mais posicional na frente de ataque, e com Soares mais solto aparecendo quer na direita, quer na esquerda, o Porto melhorou e pressionou cada vez mais o Braga até conseguir chegar ao empate, na cobrança de um canto onde Tiquinho Soares cabeceia para o fundo das redes, atingindo a marca de 18 golos na liga Nos.

O Braga nunca mais se acercou da baliza de Casillas, aliás, tirando o lance do golo e a grande penalidade, poucas foram as vezes que chegou sequer perto da grande área, no entanto e apesar do domínio avassalador e de diversas ocasiões de golos desperdiçadas (a de Danilo foi mesmo inconcebível), o Porto não voltou a encontrar caminho para o golo terminando o jogo empatado 1 a 1.

Sendo assim, o Porto autopenalizou-se de duas formas distintas, o 1º lugar está agora a 3 pontos de distância e o 3º classificado tem apenas menos 5 pontos. 

De relembrar que na próxima jornada, se jogará um Sporting – Benfica, decisivo para todos.