DESPORTO: Balanço da temporada 2020/21 | Rescaldo e opinião

31.5.21

Agora que terminou a época desportiva 2020/21 é a altura ideal para realizar um pequeno balanço sobre a temporada realizada pelo FC Porto.

Na temporada de 2020/21, o FC Porto realizou 53 jogos oficiais, tendo alcançado 36 vitórias, 10 empates e 7 derrotas, marcando 107 golos e sofrendo 48. Números semelhantes aos da época transata, mas que não permitiram alcançar o principal objetivo da temporada, o título de campeão nacional.

Em termos de transferências, o FC Porto perdeu alguns jogadores importantes como Alex Telles, Danilo Pereira, Zé Luís, Fábio Silva, Vitinha, Vincent Aboubakar, Tiquinho Soares e Shoya Nakajima Para além dos referidos, os portistas optaram por deixar sair muitos elementos, alguns deles a título definitivo, mudando completamente aquele cenário habitual de ter muitos jogadores emprestados.

Em sentido inverso, ingressaram no clube diversos elementos, uns com mais importância do que outros, como Zaidu Sanusi, Mehdi Taremi, Toni Martínez, Evanilson, Nanú, Carraça e Cláudio Ramos. Chegaram ainda apor empréstimo e já bem perto do fecho do mercado, Malang Sarr, Marko Grujic e Felipe Anderson. Tal como referi acima, uns jogadores foram mais importantes, jogando diversas partidas e com boas prestações, outros nem por isso, casos de Carraça, Cláudio Ramos e Felipe Anderson, que praticamente não apareceram durante toda a temporada. Malang Sarr e Marko Grujic, o francês na primeira metade da temporada e o sérvio na segunda metade, ainda jogaram algumas ocasiões, mas nunca foram as mais valias que prometiam ser. A grande aquisição acabou mesmo por ser Mehdi Taremi, que até demorou a entrar na equipa, mas quando o fez, acabou por ser realmente fundamental, contribuindo com muis golos e assistências.

Na Liga NOS, o FC Porto teve uma participação muito semelhante a estes quatro anos, com Sérgio Conceição ao leme da equipa, ou seja, nem sempre com grande qualidade exibicional, mas discutindo até ao fim a possibilidade de vencer a prova. Os dragões até começaram relativamente bem a competição, vencendo em sua casa o SC Braga e goleando o rival Boavista por 0-5 na segunda jornada, porém nas rondas seguintes, uma derrota caseira frente ao Marítimo, um empate em Alvalade e nova derrota em Paços de Ferreira, permitiram aos rivais mais diretos ganharem um preocupante avanço. Curiosamente os dragões terminaram a Liga NOS averbando apenas essas duas derrotas, mas nos meses de janeiro e fevereiro, em 8 jogos disputados, o FC Porto apenas conseguiu vencer 3, ditando a perca irreversível de pontos, de nada valendo uma ponta final forte recheada de vitórias. Ainda assim, os portistas conseguiram ser o melhor ataque da prova e a terceira defesa menos batida. Um detalhe importante, os azuis e brancos sofreram 29 golos na Liga NOS, situação que já não acontecia desde 2015/16 com Lopetegui a treinador, terminaram a competição com 30 golos sofridos.

Na Liga dos Campeões, os azuis e brancos tiveram uma grande prestação, alcançando os quartos de final da prova, sendo eliminados pelo Chelsea, mas dando muita luta. Na fase de grupos, o FC Porto apenas perdeu um desafio e empatou outro, ambos com o Manchester City, vencendo as restantes partidas ao Olympiacos e Marselha, respetivamente. Na fase a eliminar, os dragões eliminaram a toda poderosa Juventus, caindo algo injustamente frente aos ingleses do Chelsea nos quartos de final. 

Na Taça de Portugal, os portistas perderam nas meias finais da competição pela equipa que acabaria por conquistar a prova, o SC Braga. Foi uma prestação razoável, mas ficando a sensação que poderiam ter ido mais longe, ou seja, vencer a Taça. Não foi possível porque no jogo decisivo e em casa, o FC Porto já perdia por 0-3 aos 28 minutos e apesar da reação, já não conseguiram reverter o resultado. Até essa altura, os dragões eliminaram o Fabril Barreiro, Tondela, Nacional e Gil Vicente.

Na Taça da Liga, ainda não foi desta que o FC Porto levou o troféu para o museu do clube, sendo eliminado na meia final da prova, pelo Sporting CP, sofrendo dois golos nos minutos finais, 86 e 94, respetivamente. A edição deste ano foi diferente das anteriores, começando apenas nos quartos de final, onde os portistas eliminaram o Paços de Ferreira por 2-1.

Na Supertaça, troféu que normalmente abra a temporada, este ano foi jogada apenas em final de dezembro, bem perto do Natal e onde o FC Porto acabaria por conquistar o único troféu da temporada, vencendo o rival SL Benfica por 2-0, com golos de Sérgio Oliveira e Luis Díaz

Em jeito de balanço, o FC Porto conquistou apenas um troféu e talvez o com menor relevo, a Supertaça. No entanto, a excelente prestação na Liga dos Campeões e a luta até ao fim pelo 1º lugar da Liga NOS, garantindo o acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões do próximo ano, deram algum brilho a uma temporada que poderia ter sido recheada de títulos, mas que no fim se resumiu a apenas um.

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2 comments

  1. Sim. A época terminou, e aqi está uma análise muito completa e elucidativa de Carlos Silva-NECTEP,sobre o percurso da equipa do FCPORTO ano 2020/2021.
    Agora também deixo aqui uma simples opinião.
    Penso, e isto vale o que vale o FCPORTO perdeu o campeonato em casa. Ou seja, fez alguns resultados negativos o que não é muito admissível.
    Mas em compensação fez uma carreira brilhante na liga dos Campeões, o que é de louvar.
    Esperamos que para a próxima época seja melhor com mais alegrias para a Nação Portista.
    Saudações desportivas e até à próxima época.
    Abraços.

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    1. Obrigado pelo comentário. Esperar pela próxima época e tentar vencer o título. Abraço

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