Fernando Santos apenas efetuou três alterações no onze que tinha apresentado frente a Ucrânia, retirando Rúben Neves, João Moutinho e André Silva colocando para os seus lugares Danilo Pereira, Rafa Silva e Dyego Sousa.

Claramente mais comprometidos do que no jogo anterior, Portugal começou a partida a todo o gás na tentativa de marcar rapidamente, limpando assim um pouco a imagem deixada no desafio frente à Ucrânia, mas na primeira vez que os sérvios se acercam da zona defensiva portuguesa, Dusan Tadic com um passe de morte, isola Mijat Gacinović que no cara à cara com Ruí Patrício, é derrubado pelo guardião português. Chamado a cobrar a grande penalidade, Dusan Tadic não perdoou e colocou a Sérvia na frente. Se a seleção já se encontrava pressionada, estando em desvantagem a pressão ainda era maior, mas os jogadores lusos reagiram bem e partiram sem complexos para cima dos sérvios. As oportunidades surgiam, mas mais uma vez os portugueses pecavam na hora de finalizar e ao contrário do jogo anterior, os sérvios sempre que avançavam no terreno criavam perigo, sobretudo através do inspirado Dusan Tadic. Para complicar ainda mais, Cristiano Ronaldo lesionou-se e teve que ser substituído à passagem dos 30 minutos, entrando para o seu lugar Pizzi. Depois de tanto tentarem, a fortuna finalmente chegou já nos últimos minutos da primeira parte. Danilo Pereira encheu-se de coragem, ganhou metros no meio campo e à entrada da grande área adversária, remata forte e colocado, sem hipóteses para Marko Dmitrovic.

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Portugal tinha uma segunda parte completa para marcar mais um golo que lhe desse a vantagem e apesar de muita posse de bola, de muita paciência na circulação da mesma, mais uma vez os cruzamentos não eram bem medidos e a finalização sempre deficitária. Fernando Santos numa tentativa de mudar o rumo dos acontecimentos, faz entrar André Silva para o lugar de Dyego Sousa, mas o problema manteve-se, muito domínio e zero eficácia. Quando faltavam cerca de 15 minutos para o fim, um corte com a mão de Antonio Rukavina dentro da grande área origina grande penalidade assinalada pelo arbitro da partida, mas depois de uma conversa com o seu auxiliar, muda de opinião. O lance teve o condão de perturbar ainda mais os jogadores portugueses que até final da partida, jogaram mais com o coração do que com a cabeça, não conseguindo marcar o golo da vitória.

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Destaque individual para Bernardo Silva, que se soltou desde que CR7 saiu por lesão, carregando Portugal ás costas, apesar de por vezes exagerar no individualismo. Na Sérvia, Dusan Tadic enquanto teve capacidade física foi um perigo à solta para a seleção lusa, sempre muito eficaz e competente no último passe.

Em suma, dois jogos em casa, dois empates e apesar de nada estar perdido, até porque se apuram forma direta os dois primeiros classificados e o terceiro ainda vai ao play-off, Portugal complicou a tarefa, estando obrigado a vencer os seus adversários fora do território português.