Recentemente terminei a leitura do livro A Sentinela do escritor Richard Zimler, que foi o meu primeiro contacto com uma obra literária deste autor e não podia ter sido melhor experiência, pois fiquei com enorme vontade de ler toda a sua coletânea.
A Sentinela possui uma
escrita cativante, sendo que a forma como Zimler relata e descreve todos os
acontecimentos, o uso constante de analepses, narrando situações do passado
para depois voltar ao presente, lembrando constantemente a sua terrível infância,
traduz-se numa vontade insaciável de ler, sempre com a curiosidade de saber
qual será o próximo passo. Por outro lado, a história reflete situações que
infelizmente ocorrem no quotidiano de determinadas pessoas, chegando a ser
chocante e provocando sentimentos de revolta perante as injustiças que a vida infelizmente
nos proporciona.
Recomendo vivamente.
Andreia Silva
Aqui fica a sinopse:
Até que ponto um único
assassinato pode iluminar a crise moral em que se encontra o país?
6 de iulho de 2012. Henrique
Monroe, inspetor-chefe da Polícia Judiciária, é chamado a um luxuoso palacete
de Lisboa para investigar o homicídio de Pedro Coutinho, um abastado construtor
civil. Depois de interrogar a filha da vítima, Monroe começa a acreditar que
Coutinho foi assassinado ao tentar defender a perturbada adolescente do
violento assédio sexual de algum amigo da família. Ao mesmo tempo, uma pen que o inspetor descobre escondida na
biblioteca da Casa contém alguns ficheiros com indícios de que a vítima poderá
também ter sido silenciada por um dos políticos implicados na rede de corrupção
que o industrial montara para conseguir os seus contratos.
Tendo como pano de fundo o
Portugal contemporâneo, um país traído por uma elite política corrupta, que
sofre sob o os seus próprios erros históricos, Richard Zimler criou um
intrigante policial psicológico, com uma figura central que se debate com os
seus demónios pessoais ao mesmo tempo que tenta deslindar um caso que irá
abalar para sempre os muros da sua própria identidade.
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