LIVROS: A Sentinela | Richard Zimler | A opinião de Andreia Silva

14.2.19


Recentemente terminei a leitura do livro A Sentinela do escritor Richard Zimler, que foi o meu primeiro contacto com uma obra literária deste autor e não podia ter sido melhor experiência, pois fiquei com enorme vontade de ler toda a sua coletânea.

A Sentinela possui uma escrita cativante, sendo que a forma como Zimler relata e descreve todos os acontecimentos, o uso constante de analepses, narrando situações do passado para depois voltar ao presente, lembrando constantemente a sua terrível infância, traduz-se numa vontade insaciável de ler, sempre com a curiosidade de saber qual será o próximo passo. Por outro lado, a história reflete situações que infelizmente ocorrem no quotidiano de determinadas pessoas, chegando a ser chocante e provocando sentimentos de revolta perante as injustiças que a vida infelizmente nos proporciona.

Recomendo vivamente.
Andreia Silva

Aqui fica a sinopse:

Até que ponto um único assassinato pode iluminar a crise moral em que se encontra o país?

6 de iulho de 2012. Henrique Monroe, inspetor-chefe da Polícia Judiciária, é chamado a um luxuoso palacete de Lisboa para investigar o homicídio de Pedro Coutinho, um abastado construtor civil. Depois de interrogar a filha da vítima, Monroe começa a acreditar que Coutinho foi assassinado ao tentar defender a perturbada adolescente do violento assédio sexual de algum amigo da família. Ao mesmo tempo, uma pen que o inspetor descobre escondida na biblioteca da Casa contém alguns ficheiros com indícios de que a vítima poderá também ter sido silenciada por um dos políticos implicados na rede de corrupção que o industrial montara para conseguir os seus contratos. 

Tendo como pano de fundo o Portugal contemporâneo, um país traído por uma elite política corrupta, que sofre sob o os seus próprios erros históricos, Richard Zimler criou um intrigante policial psicológico, com uma figura central que se debate com os seus demónios pessoais ao mesmo tempo que tenta deslindar um caso que irá abalar para sempre os muros da sua própria identidade.

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