Depois de ver “Homem-Aranha: Regresso a Casa”, que deve ser encarado com o espirito aberto e não com aquele sentimento de “mais um filme deste aracnídeo”, pois é capaz de nos surpreender pela positiva, desta vez a escolha recaiu em A Forma da Água, um título premiado que venceu recentemente 4 óscares da academia de Hollywood, incluindo o de melhor filme.
A história passa-se em 1960, onde
Elisa
Esposito (Sally Hawkins, de Paddington ou Godzilla) trabalha num laboratório
de máxima segurança no Estados Unidos da América, como funcionária de limpeza. A
sua pacata vida começa a mudar quando ela dá conta da chegada de um anfíbio ao
laboratório, cuja particularidade de possuir inúmeras parecenças com um humano.
Intrigada, Elisa começa pouco a pouco a aproximar-se e a afeiçoar-se,
crescendo paulatinamente um amor impossível. Quando se apercebe que este vai
ser alvo de atrocidades cientificas, Elisa põe em marcha um plano inexequível
para o tentar salvar e devolve-lo ao seu habitat natural.
Realizado pelo sobejamente
conhecido Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno ou Hellboy ou Batalha do
Pacífico), A Forma da Água conta ainda com a presença de atores bem conhecidos
como, Michael Shannon (Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça ou
Animais Noturnos), Richard Jenkins (Filhos e Enteados ou Kong:
Ilha da Caveira), Octavia Spencer (A Cabana ou Elementos Secretos), Doug Jones (Hellboy
II ou O Labirinto do Fauno).
Sinceramente, estava com algum ceticismo
em relação a este filme, no entanto, aos poucos é impossível ficar indiferente
ao que se vai passando e é com naturalidade que nos deixamos contagiar pela fantasia
da história. Inicialmente causa alguma estranheza, o facto de ser possível
acontecer a paixão entre duas espécies completamente diferente, mas Guillermo
del Toro acerta em cheio ao desenrolar a trama do modo como a realizou,
apesar de ser controversa e seguramente não agradar a todos, sobretudo aqueles
que não possuem um estado de espirito aberto. Curioso é a situação paralela do
romance, ou seja, uma disputa entre duas grandes nações, EUA e União Soviética,
para ver quem usa o anfíbio ao serviço dos seus interesses.
Em suma, A Forma da Água é
claramente um filme que pode não ser inicialmente unanime, mas afirmo com plena
convicção que ao longo do desenrolar da sua história, irá conquistar o coração
dos mais céticos.
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