FILMES: A Forma da Água (2017) | A minha opinião

29.1.19


Depois de ver “Homem-Aranha: Regresso a Casa”, que deve ser encarado com o espirito aberto e não com aquele sentimento de “mais um filme deste aracnídeo”, pois é capaz de nos surpreender pela positiva, desta vez a escolha recaiu em A Forma da Água, um título premiado que venceu recentemente 4 óscares da academia de Hollywood, incluindo o de melhor filme.

A história passa-se em 1960, onde Elisa Esposito (Sally Hawkins, de Paddington ou Godzilla) trabalha num laboratório de máxima segurança no Estados Unidos da América, como funcionária de limpeza. A sua pacata vida começa a mudar quando ela dá conta da chegada de um anfíbio ao laboratório, cuja particularidade de possuir inúmeras parecenças com um humano. Intrigada, Elisa começa pouco a pouco a aproximar-se e a afeiçoar-se, crescendo paulatinamente um amor impossível. Quando se apercebe que este vai ser alvo de atrocidades cientificas, Elisa põe em marcha um plano inexequível para o tentar salvar e devolve-lo ao seu habitat natural.


Realizado pelo sobejamente conhecido Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno ou Hellboy ou Batalha do Pacífico), A Forma da Água conta ainda com a presença de atores bem conhecidos como, Michael Shannon (Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça ou Animais Noturnos), Richard Jenkins (Filhos e Enteados ou Kong: Ilha da Caveira), Octavia Spencer (A Cabana ou Elementos Secretos), Doug Jones (Hellboy II ou O Labirinto do Fauno).


Sinceramente, estava com algum ceticismo em relação a este filme, no entanto, aos poucos é impossível ficar indiferente ao que se vai passando e é com naturalidade que nos deixamos contagiar pela fantasia da história. Inicialmente causa alguma estranheza, o facto de ser possível acontecer a paixão entre duas espécies completamente diferente, mas Guillermo del Toro acerta em cheio ao desenrolar a trama do modo como a realizou, apesar de ser controversa e seguramente não agradar a todos, sobretudo aqueles que não possuem um estado de espirito aberto. Curioso é a situação paralela do romance, ou seja, uma disputa entre duas grandes nações, EUA e União Soviética, para ver quem usa o anfíbio ao serviço dos seus interesses. 

Em suma, A Forma da Água é claramente um filme que pode não ser inicialmente unanime, mas afirmo com plena convicção que ao longo do desenrolar da sua história, irá conquistar o coração dos mais céticos.

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