Ao contrário do esperado Sérgio Conceição, não só alterou a estrutura táctica da equipa como alguns intervenientes dos mais habituais titulares, remetendo para o banco de suplentes Maxi Pereira e Tiquinho Soares, lançando Jesús Corona a lateral direito e Otávio a extremo direito.

Não foi uma partida bonita, agradável e com exibições de qualidade, mas ninguém se pode queixar de falta de luta, garra e intensidade, como não podia deixar de ser, num derby tripeiro. Os da casa mais preocupados em fechar todos os caminhos para a sua baliza e saindo em rápidos ataques e os forasteiros com mais posse de bola, mas com pouco dinâmica e clarividência assim que se aproximavam da zona ofensiva. Oportunidades existiram, mas poucas e prontamente anuladas pelo guarda redes boavisteiro ou pela falta de acerto dos avançados portistas. Quarenta e cinco minutos de pouco futebol e muita luta, à semelhança de tantos outros encontros disputados no mesmo local.

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Para a segunda metade, os azuis e brancos sabiam que tinha que ser mais assertivos e circular a bola com mais rapidez, mas o cariz da partida manteve-se. Um Boavista organizado e bem na sua zona defensiva e o FC Porto sem argumentos para se superiorizar. O tempo voava e depois de mais algumas situações desperdiçadas pelos jogadores portistas, Sérgio Conceição decide colocar em campo Tiquinho Soares para o lugar de Óliver Torres, apostando num claro jogo direto. Curiosamente, a partir desse momento os boavisteiros conseguiram respirar um pouco e estender o raio de ação, resultando nas melhores ocasiões dos axadrezados. Para o forcing final, Ádrian López e Hernâni foram chamados ao jogo e ironia do destino, Hernâni foi mesmo o herói ao marcar o golo da vitória aos 90+5.

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Destaque individual para Hernâni não pelo que jogou, aliás poucas ou nenhumas vezes tocou na bola, uma vez que entrou aos 88 minutos, mas ao marcar um golo e a decidir a partida daquela forma, tem mesmo que se salientar. Do lado axadrezado, pouco ou nada existe a destacar, mas a falar de alguém só mesmo Rochinha que foi um dos poucos que tentou jogar futebol.

Resumindo, vitória difícil, suada e arrancada a ferros perante um adversário aguerrido e intenso em todos os duelos. O FC Porto volta a jogar já na próxima sexta-feira, frente ao Portimonense, num encontro referente à 12ª jornada da Liga NOS.