La Casa de Papel, umas das séries mais sugeridas, aconselhadas e incutidas dos últimos tempos, e que apesar da minha relutância inicial ser bastante grande, acabei por dar o braço a torcer e terminei de ver as duas temporadas disponíveis.
A história de La
Casa de Papel é bastante simples e sucinta, oito elementos são
selecionados criteriosamente por um génio, conhecido como o Professor
e barricam-se na Casa da Moeda Real de Espanha, fazendo diversos reféns, com um único
objetivo em mente, realizar o maior roubo da história, nada mais nada menos do
que 2 biliões de euros. O plano foi minuciosamente estudado e preparado durante
anos, para que o furto fosse consumado sem qualquer tipo de problemas, quer
para os reféns, quer para os assaltantes, no entanto não foi exatamente isso
que aconteceu.
Escrita por Álex Pina, conhecido por
trabalhos como Los hombres de Paco ou Bienvenidos al Lolita, que para mim
são totalmente desconhecidos, no entanto em La Casa de Papel, viu o
seu esforço recompensado com o prémio “Best Screenplay” (Melhor Guião) atribuído
pela ATV
Awards e atualmente conta com a fantástica pontuação de 8,7 no site
imdb.com
imagem netflix.com
No seu elenco, todos eles desconhecidos
para mim, La Casa de Papel conta com uma série de atores que rapidamente
criam uma forte empatia, pela fantástica forma como representam os seus papéis,
dos quais se destacam Álvaro Morte (El Professor), Itziar Ituño
(Raquel Murillo), Úrsula Corberó (Tokio), Pedro Alonso (Berlín), Paco Tous
(Moscú), Alba Flores (Nairobi), Miguel Herrán (Río), Jaime Lorente (Denver), Esther
Acebo (Mónica Gaztambide), Enrique Arce (Arturo Román), entre outros.
Pessoalmente e apesar do
ceticismo inicial, La Casa de Papel rapidamente ganhou lugar no top das minhas
séries preferidas, não sei se influenciado por todos os media, ou pelas
positivas opiniões que ia lendo ou ouvindo. Certo é que depois de começar a ver
episódio atrás de episódio, só queria ver mais e mais, sempre empolgado para
perceber qual seria o passo seguinte, o que iria acontecer, como iriam resolver
os problemas com que se iam deparando. E quando assim é, facilmente é percetível
o sucesso da série.
Por vezes um filme/série é
considerado bom quando tem atores de destaque ou muito famosos no panorama
cinematográfico, ou então por ser realizado/produzido/escrito por alguém conotado
com outros galardoados títulos, mas em La Casa de Papel o que nos verdadeiramente
capta toda a atenção é a imersiva maneira como nos é apresentada toda a trama,
de forma a ficarmos ansiosos aguardando os próximos desenlaces, apesar de
considerar que em determinadas ocasiões, a história ter sido esticada em
demasia. Esta série é a prova que nem sempre é necessário astronómicos
orçamentos (apesar de desconhecer os valores envolvidos) ou atores/realizadores
famosíssimos ou ainda, ter o selo de uma produção Hollywoodesca.
A componente musical também
merece um destaque sobretudo dois temas que ficaram certamente na retina dos
espectadores mais atentos, Bella Ciao que ficou na história com
uma símbolo da resistência italiana contra o fascismo na 2ª Guerra Mundial e um
fado tipicamente português, o Fado Boémio cantado por Piedade
Fernandes.
Entretanto, já foi confirmada oficialmente
pela Netflix
a terceira temporada da série La Casa de Papel, onde novos
desenvolvimentos entusiasmantes estarão certamente presentes, no entanto, ainda
não existe uma data concreta, mas seguramente será algures em 2019.
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