O Campeonato do Mundo Rússia 2018 terminou e como tal é altura para fazer o rescaldo sobre os aspetos mais importantes que ocorreram durante a duração da competição.
O vencedor, FRANÇA, logicamente que
tem que ser o primeiro a ser destacado, pois independentemente de ser favorito
ou não, conquistar uma prova com esta dimensão não está ao alcance de todos,
por isso a seleção gaulesa foi uma justa e digna Campeã. No entanto, uma
palavra de apreço e consideração para a CROÁCIA que surpreendeu o mundo do
futebol ao atingir pela primeira vez na sua história, uma final de uma grande
competição.
Avançando para a nossa seleção, PORTUGAL,
depois de ter conquistado o Euro 2016 e apesar de não ser
unanimemente apontado como favorito, era sem sombra de dúvidas uma equipa vista
como potencial candidata, sobretudo por ser o país que venceu o último
Campeonato da Europa, mas também por ter nos seus quadros o melhor jogador do
mundo, Cristiano Ronaldo. PORTUGAL foi igual a si próprio, ou
melhor, desde que Fernando Santos assumiu o comando da seleção, o estilo de jogo
que apresenta é essencialmente pragmático e assertivo, em detrimento do bem
jogado e vistoso, o que em certa parte não agrada ao comum adepto que gosta de
ver um bom espetáculo, mas quando essa estratégia leva ao sucesso, como
aconteceu no Euro 2016, isso passa a ser secundário. Quero com isto dizer
que PORTUGAL
foi o mesmo PORTUGAL que se sagrou campeão europeu, mas desta vez o
pragmatismo não foi suficiente e a seleção foi eliminada, talvez no melhor jogo
que realizou nesta competição. Para concluir, para PORTUGAL o Rússia
2018 não foi um mau campeonato do mundo, mas também não foi bom, diria
que se cumpriu o mínimo exigível, passar a fase de grupos, mas soube a pouco,
sobretudo para quem tem o melhor jogador do mundo e um grupo de jovens
jogadores repletos de potencial.
No lote de seleções que se
destacaram e para além das já referidas, tenho que colocar também a BÉLGICA,
talvez aquela que mostrou melhor futebol e qualidade de jogo, muito completa em
todos os setores e onde as individualidades estiveram mais perto do real valor.
A INGLATERRA,
uma das mais jovens seleções, com muito potencial, no entanto quando foi posta
à prova nas alturas decisivas, (meias-finais e 3º/4º lugar) não se conseguiu
superar, perdendo ambos os jogos, mas pelo que mostrou, o futuro está mais do
que garantido. URUGUAI, fez uma fase de grupos só com vitórias e sem golos
sofridos, o que atesta bem da coesão defensiva desta seleção, nos oitavos de
final foi o carrasco de PORTUGAL e caiu nos quartos de final
frente ao vencedor da prova, realizando uma boa campanha. RÚSSIA, a jogar em casa
perante o seu público, os russos souberam explorar muito bem esse fator para
passarem facilmente a fase de grupos, eliminar a ESPANHA nas grandes penalidades
nos oitavos de final e apenas caíram, da mesma forma nos quartos de final,
frente ao finalista vencido da competição. SUÉCIA, depois de espantarem o mundo
ao eliminarem no play-off de acesso a toda poderosa ITÁLIA, os nórdicos
continuaram a sua excelente prestação ao atingirem os quartos de final. JAPÃO,
sensação da prova, ao conseguirem atingir os oitavos de final, onde quase
eliminaram a BÉLGICA, mas não conseguiram segurar uma vantagem de dois
golos, acabando por perder por 2-3.
No campo das desilusões, a maior
de todas foi a eterna favorita ALEMANHA, que nem sequer passou a
fase de grupos, ficando em último lugar com apenas 3 pontos, realizando uma das
piores campanhas de sempre num campeonato do mundo. POLÓNIA, depois de um bom
europeu, desta vez os polacos desiludiram por completo, ficando em último lugar
do seu grupo. ARGENTINA, ESPANHA e PORTUGAL, todas com ambições e
apesar de passarem as fases de grupos, todas foram eliminadas nos oitavos de
final, mas pior que isso, foi o fraco futebol que demonstraram dentro de campo.
Por fim, o BRASIL, apesar de serem eliminados nos quartos de final, nunca
demostraram capacidade para chegar à hora das grandes decisões, apesar de terem
uma equipa recheada de grandes valores, onde o coletivo nunca funcionou da
melhor maneira.
Aqui fica o meu onze:
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