Football Manager faz parte da minha vida, desde os saudosos tempos de adolescente e é com um misto de nostalgia e exultação que recordo o primeiro simulador de futebol desta grandiosa saga que tive oportunidade de jogar, o Championship Manager Italia datado de 1993. (Pode ser jogado online no browser neste site.)
Podia estar aqui a escrever
linhas e linhas sobre tudo o que eu já passei durante estes anos todos e em
todas as versões que anualmente sucedem umas às outras, mas o propósito deste
artigo é outro. Devido ao lançamento do Football Manager 2018, decidi dar
por terminadas as minhas aventuras no seu antecessor, Football Manager 2017, e por
isso vou deixar aqui registado o meu percurso desportivo, os títulos que
conquistei e outro tipo de questões que considere relevantes.
Normalmente quando decido
escolher o clube para treinar defino algumas diretrizes que tento seguir à
risca:
- Não pode ter sido campeão recentemente;
- Não pode ter sido recentemente promovido;
- Não pode ser um clube já treinado por mim em versões anteriores;
- Usar as minhas táticas de sempre;
- Utilizar o maior número possível de jogadores formados no clube;
- Valorizar o maior número possível de jogadores (rácio valor de
compra/venda);
- Quando for campeão, abandono o clube e parto para novo projeto;
Mas desta vez, contrariando a tendência habitual e referida em cima,
optei por escolher o meu clube do coração, FC Porto, sem descurar totalmente as
ideias mencionadas, mas incidindo essencialmente em duas situações, utilizar o
maior número possível de jogadores formados no clube e valorizar o maior número
possível atletas. Ou seja, sempre que um jogador parta para outra aventura, não
irei recorrer ao mercado, mas sim aproveitar elementos com potencial para fazer
parte do plantel principal. No entanto, e quando se treina um clube da dimensão
do FC
Porto, não podemos deixar de pensar noutro aspeto que a conquista de
todo o tipo de troféus.
Habitualmente
uso sempre duas táticas de base, complementadas com instruções, presentes nas
fotos abaixo, e consoante o que se passa no decorrer do jogo, realizo
determinados ajustes mais ofensivos ou defensivos, mas sem nunca alterar
radicalmente o figurino tático.
táctica principal
Perante este
cenário, a minha aventura iniciou-se na época de 2016/2017 mantendo a base do
plantel, apenas libertando jogadores por empréstimo, da equipa B e juniores, de
modo a jogarem com maior regularidade. Em janeiro, perante duas propostas
irrecusáveis do ponto de vista financeiro, Yacine Brahimi e Miguel
Layún, foram transferidos a título definitivo, bem com Maxi Pereira,
que apesar de não ser um valor elevado era a última oportunidade de render
algum dinheiro, para além de que Fernando Fonseca, promovido da
equipa B, tinha potencial suficiente para o substituir adequadamente.
No plano
desportivo, depois de uma pré-época em que o treinador adjunto foi responsável
pelas escolhas dos jogadores e onde os resultados eram o menos importante, o
primeiro jogo oficial realizou-se no estádio José de Alvalade, frente a um
adversário direto, saindo vencedores graças ao golo de Héctor Herrera. Ao longo
da época tivemos altos e baixos, e apesar de termos ganho a Liga
NOS, terminamos com 5 derrotas e 5 empates, ficando apenas 3 pontos à
frente do segundo classificado Sporting. Jogos a destacar pela negativa, nas 5
derrotas 4 foram no estádio do dragão, frente ao Boavista (0-1), Vitória
de Setúbal (1-4), Benfica (0-2) e Chaves (0-1).
Nas competições
europeias, enfrentamos os romenos do Steaua de Bucareste para o playoff da Liga
dos Campeões, e saímos vencedores de ambos os encontros, garantindo o acesso a
fase de grupos, ficando colocados num grupo com equipas como Barcelona,
Copenhaga
e Basileia.
Conseguimos o apuramento para os oitavos de final, ao terminar em 2º
classificado, onde defrontamos o surpreendente Leicester, e apesar de
empatar 0-0 em nossa casa, ganhamos a eliminatória ao derrotar os ingleses no King
Power Stadium por uns fantásticos 2-4, com um hat-trick de André
Silva e um autogolo de Danny Simpson. O adversário nos
quartos de final foi novamente o Barcelona que já tínhamos defrontado
na fase de grupos e sem conseguir vencer (1-1 casa, 1-2 fora), e mais uma vez
não o conseguimos, sofrendo duas derrotas (1-2 casa, 1-3 fora).
Nas restantes
competições internas, para a Taça de Portugal e na 3ª
eliminatória derrotamos o Sport União Sintrense com uns expressivos
(2-5), avançando para a 4ª eliminatória onde eliminamos a Naval (1-2), seguiu-se o Praiense
que foi também derrotado (0-2), terminando a nossa ventura nos quartos de final
frente a Boavista numa derrota caseira por 0-1, que acabaria por
conquistar o troféu.
Na Taça
da Liga ficamos no grupo de Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães e
Beleneneses,
onde conseguimos o pleno de vitórias e sem sofrer qualquer golo. Na meia final,
derrotamos o Sporting com um golo solitário de Miguel Layún da marca de
grande penalidade, avançando para a final da competição, que acabaríamos por
vencer, nos penalties a equipa do Rio Ave, após um teimoso 0-0 no
tempo regulamentar.
Em jeito de
balanço, foi uma época produtiva, em que conquistamos o principal objetivo, a Liga
NOS e ainda juntamos um troféu que não existia no museu do clube, a Taça
da Liga. Saliento que para ambas as taças e quer em alguns jogos das
competições europeias, utilizamos frequentemente os jogadores com menos minutos
de jogo, pois desde o início da temporada que demos primazia ao campeonato.
No próximo
artigo, avançamos para a segunda temporada ao leme do FC Porto e será que
conseguimos conquistar a Liga NOS, sagrando-nos Bicampeões?
Juntamos mais alguns troféus ao nosso curriculum? Novas saídas de jogadores?
Quem foi promovido ao plantel principal?
2 comments
Muito bem Carlos Silva-NECTEP. Gostei muito de ler o teu histórico sobre estes jogos de futebol, és mesmo Mestre neste tipo de jogos.
ResponderEliminarSaudações e até à próxima
Obrigado pelo comentário. Já há muito tempo que jogo esta saga, e o meu Pai bem sabe disso... Abraço
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