O plantel do Besiktas é recheado dos grandes valores, todos eles já muito experimentados nestas andanças e que formam uma equipa pressionante e intensa em todas as alturas do jogo, mas o que realmente dá mais alma e crença a estes jogadores é o fanatismo exacerbado dos seus adeptos. Estes sim, levam a equipa ao colo, pressionam e incomodam os adversários e são na verdadeira ascensão da palavra, o 12º jogador.

Quanto ao desafio, Sérgio Conceição fez algumas alterações e que de certo modo resultaram, dando a titularidade a Maxi Pereira que esta época conta com poucos minutos de tempo de jogo e novamente a Sérgio Oliveira que parece apenas contar para as partidas de maior grau de dificuldade.

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Já se sabia que a pressão do adversário ia ser intensa e infernal nos minutos iniciais e caso não sofresse algum golo nesse período, os portistas poderiam causar algum perigo. E foi exatamente isso que veio a acontecer, os turcos pressionaram, os portistas resistiram e aos poucos foram subindo no terreno, cada vez mais perto da área do Besiktas, até que aos 29 minutos conseguiu chegar à vantagem, fruto de um livre estudado que saiu na perfeição, envolvendo Alex Telles, Ricardo Pereira e Felipe, este a concluir a jogada. Era de espera uma reação por parte dos turcos, mas o FC Porto não se remetia apenas a defender e em diversas transições rápidas teve algumas oportunidades, mas sem nunca conseguir concretizar. Quando já se pensava que o resulta não iria sofrer mais alterações até ao intervalo, eis que Cenk Tosun ultrapassa com mestria Felipe e oferece o golo de bandeja a Anderson Talisca, estabelecendo a igualdade no marcador e no resultado ao intervalo.

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Para a segunda metade, a estratégia seria a mesma, aguentar os minutos iniciais e paulatinamente avançando no terreno, mas e bem ao contrário da primeira parte isso não se verificou. O Besiktas pressionou intensamente, não deixando respirar o adversário e só não chegou à vantagem porque José Sá realizou algumas defesas de grande nível. O FC Porto pouco ou nada conseguia incomodar o último reduto turco, com a exceção de uma única situação em Ricardo Pereira se deslumbrou e não conseguiu atirar com o fundo da baliza. Até final, a sensação que transmitiu foi que os turcos estavam satisfeitos com o empate, o suficiente para se qualificarem para a fase seguinte, e nunca quiseram acelerar mais a velocidade da partida, o que permitiu ao azuis e brancos soltarem-se do aperto, mas sem nunca assumir o controlo do desafio.

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Destaque individual para José Sá que realizou a melhor exibição de sempre com a camisola do FC Porto, demonstrando imensa atenção e grande elasticidade, parando os remates dos jogadores turcos por variadas vezes. Ricardo Pereira, que jogou mais adiantado do que habitualmente, esteve bastante dinâmico no ataque e dos três elementos avançados foi sempre o que mais importunou os defesas contrários e se tem marcado o golo naquela oportunidade, tinha sido o melhor em campo. Do lado do Besiktas, Tolgay Arslan esteve sempre muito em jogo e a dada altura parecia mesmo que estava em todo o lado, tal a sua influência em campo.

Resumindo, o FC Porto conseguiu sobreviver ao verdadeiro inferno turco, adicionando mais um ponto à classificação, permitindo apenas depender de si próprio para carimbar o passaporte para os oitavos de final da Liga dos Campeões, e para tal até pode não precisar de vencer, bastando fazer o mesmo resultado que os alemães do RB Leipzig.