Por mais que se diga que o relvado sintético era pior que mau, as dimensões do campo eram demasiado reduzidas e o adversário só sabia chutar a bola para a frente, nenhum português sonhava passar por tantas dificuldades para levar de vencida a modesta seleção de Andorra.
Fernando Santos poupou Cristiano
Ronaldo, quer ao desgaste do jogo em si, quer a gerir o hipotético
cartão amarelo que o retiraria do decisivo jogo com a Suíça, e não o fez
alinhar no onze inicial. Aliás, se calhar não estaria nos planos a sua
utilização, mas todos os fatores inerentes à fraca primeira parte realizada, originou
a sua entrada na partida após o período de descanso.
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As dificuldades dos jogadores lusos
eram visíveis, não pelo o que o adversário jogava, mas sobretudo pela adaptação
a um péssimo relvado sintético que nunca deveria ter sido autorizado a ser
utilizado num jogo desta dimensão. Poucas ou nenhumas oportunidades de golo
ocorreram, apesar dos muito e sempre mal medidos cruzamentos para a área. Portugal
não conseguia ligar o seu jogo ofensivo e os jogadores atacantes nunca
tiveram espaço para tentar a finalização.
No outro jogo do grupo, a Suíça
ia ganhando fácil o seu jogo e o espectro de um outro resultado que não a
vitória seria fatal para o apuramento direto para o Mundial da Rússia. Perante
esse cenário, Fernando Santos não teve dúvidas e recorreu ao melhor do mundo,
com a intenção de acrescentar mais presença na área e mais magia em campo. O
público animou-se e a energia contagiou os jogadores portugueses que entraram
decididos a muda o rumo aos acontecimentos. Apesar de mais entusiasmo, o golo
não aparecia e o nervoso miudinho ia sendo cada vez mais evidente, até que através
de um centro para a área igual a tantos outros, desta vez a bola ressaltou para
CR7
que não perdoou e fez respirar de alivio todos os portugueses. Estávamos no minuto
63 e finalmente Portugal chegava à vantagem e Fernando Santos não
esperou muito para colocar em campo William Carvalho traçando as portas
do meio campo luso. Até final, ainda houve tempo para mais um golo, ao minuto
86 onde André Silva aparece desmarcado junto à linha de golo, desviando
à ponta de lança para o segundo golo, sentenciando a partida.
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Destaque individual para Cristiano
Ronaldo, apesar de não serem seguramente os melhores 45 minutos da sua
invejável carreira, a sua entrada foi determinante através da sua influência
que coloca no jogo e no respeito que impõe aos adversários, para além de ter marcado
o golo que desbloqueou a partida e estar presente o segundo. Bernardo
Silva apesar de não realizar um jogo exuberante, é um autentico regalo
para os olhos dos adeptos a maneira como domina, controla e passa a bola, num miserável
relvado como este. Do lado de Andorra apenas saliento Ildefonso
Lima um veterano defesa central de elevada estatura, que apesar dos
seus 37 anos de idade, cortou quase tudo o que havia para cortar.
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