Relativamente ao onze inicial do último jogo, Fernando Santos realizou três alterações, incluindo nos 11 que principiaram o desafio, Adrien Silva, Ricardo Quaresma e André Silva, para os lugares de João Moutinho, Bernardo Silva e Gonçalo Guedes, respetivamente.

O jogo iniciou-se tal como se previa, com um ligeiro ascendente luso, mas sempre a esbarrar na boa organização defensiva dos Iranianos. Sem muita intensidade, Portugal ia trocando a bola de flanco para flanco, mas as oportunidades de golo não ocorriam, pelo seu lado, com o passar do tempo, os jogadores do Irão começaram a ganhar confiança e importunaram a zona defensiva portuguesa, sobretudo através de rápidos contra-ataques, sempre bem delineados, mas a pecar na hora da finalização. Quando todos pensavam que o resultado parcial ia ser um cinzento nulo, eis que o mago Ricardo Quaresma, através um lance de pura magia e com uma assinatura bem própria, remata de trivela à entrada da área, colocando a bola no fundo da baliza de Alireza Beiranvand.

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Para a segunda metade, os jogadores lusos estavam cientes de uma eventual enérgica reação dos Iranianos, no entanto o reatamento da partida não podia ter iniciado da melhor maneira. Cristiano Ronaldo é derrubado dentro da grande área, o árbitro consulta o VAR e assinala a grande penalidade, no entanto, CR7 não consegue converter o castigo máximo e aquilo que podia ter sido o golo da tranquilidade, teve o efeito inverso. A partir desse momento, a fé apoderou-se dos jogadores Iranianos que acreditavam que era possível chegar ao empate e até mesmo ao hipotético apuramento. As bolas bombeadas para a grande área de Rui Patrício sucediam-se e o perigo aumentava, no entanto, com maior ou menor dificuldade, os defesas Portugueses iam anulando as investidas. Já bem perto do final, duas decisões do VAR, que esteve em foco por diversas vezes, primeiro ao ser consultado por uma hipotética agressão com o cotovelo de CR7 ao adversário, mas onde apenas viu o cartão amarelo e depois ao assinalar grande penalidade a Cédric Soares, por eventual corte com a mão dentro da grande área. Karim Ansarifard converte-a com sucesso e cria a incerteza até final, incluindo a possibilidade de Portugal ficar de fora do apuramento, mas tal não se veio a verificar.

Destaque individual para Pepe, o defesa Português realizou talvez o melhor jogo neste Rússia 2018, sempre muito eficaz e atento nos cortes e nas dobras aos colegas de setor. Do lado Iraniano, destaque sobretudo para a intensidade apresentada por todos os jogadores, lutando pela bola como se fosse a última oportunidade das suas vidas.

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Em suma, empate de sabor agridoce, pois apesar de permitir matematicamente o apuramento para a fase a eliminar da competição, perdeu-se uma oportunidade de ouro para sermos primeiros do grupo, ficando à frente da rival Espanha. Segue-se um confronto intenso frente ao Uruguai, seleção que conta por vitória todos os jogos realizados e inclusive ainda sem sofrer qualquer golo, sendo uma das equipas mais compactas e regulares em prova, no entanto, Portugal já deu sinais que pode vencer qualquer adversário, com maior ou menor dificuldade.