FILMES: Alien: Covenant (2017) | A minha opinião

2.4.18


Depois de ver Sicário - Infiltrado, que apesar de não agradar rapidamente e facilmente aos espectadores, mas que nos conquista lentamente, envolvendo-nos na sua trama, decidi ver o Alien: Covenant porque sou um grande apreciador do universo Alien, apesar de ter ficado algo desiludido no último filme Prometheus.

A nave colonizadora Covenant, com o seu destino traçado para o remoto planeta Origae-6, sofre alguns problemas durante o voo, obrigando o androide de serviço a despertar toda a tripulação. Os problemas não param e o novo capitão vê-se obrigado a mudar o rumo inicialmente destinado, aterrando num planeta desconhecido, mas com condições para a vida humana sobreviver, no intuito de efetuar as reparações necessárias na nave Covenant. Inicialmente renitentes, no entanto decidem investigar o planeta, ficando mesmo convencidos que este é tão bom ou melhor que Origae-6, colocando mesmo em causa a possibilidade de abortar a viagem inicialmente traçada para se estabelecerem no novo, no entanto, quando descobrem uma ameaça para além da sua imaginação, eles tentam tudo por tudo numa angustiante fuga.


Realizado por Ridley Scott (Prometheus ou Alien - O 8.º Passageiro ou Gladiador) e se Prometheus era um filme sobre a obsessão de encontrar o criador, Alien: Covenant é sobre o homem e o seu desejo em ser deus, apesar da personagem com um lado humano mais aprofundado, não ser um humano.

David e Walter são dois androides de gerações diferentes, ambos representados por Michael Fassbender (Prometheus ou X-Men: O Início) que assumem o protagonismo do filme, sobrepondo-se mesmo aos Xenomorfos durante a grande maioria do tempo. É claramente visível uma forte preocupação em desenvolver a mitologia da criatura, ampliando o universo de uma personagem que poderia ser considerado apenas mais um monstro que existe em filmes de terror.
As modificações genéticas da criatura são fruto de David, que recorrendo à sua consciência praticamente humana provinda de seu criador, confirma que a crueldade daquele xenomorfo é produto da natureza humana e das suas diversas experiencias, resultante do processo quando o homem se tenta colocar no lugar de deus.


Alien: Covenant conta com as participações dos atores como Katherine Waterston (Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los ou Steve Jobs), Billy Crudup (O Grande Peixe ou Watchmen: Os Guardiões), Danny McBride (Alta Pedrada ou Tempestade Tropical) e Carmen Ejogo (Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los).

Alien: Covenant é muito mais profundo e intenso, sem deixar de ser tenso, no entanto essa tensão é cautelosamente construída e não é baseada em sustos fáceis, mas sim na precisão de um realizador experiente e eficiente no seu trabalho, que sabe o que mostrar e o que deixar para imaginação do espectador.


Resumindo, e na minha opinião, o filme deve ser visto por todos os fãs da franquia, mas é impossível comparar com os míticos primeiros filmes da saga, responsáveis máximos pelo enorme êxito e sucesso que Alien, na pele da sua criatura inigualável, alcançou.


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