A seleção lusa perdeu na 2ª jornada do Euro 2020 por 2-4 frente à Alemanha, complicando as contas do apuramento.

Fernando Santos apresentou exatamente o mesmo onze da jornada anterior, mantendo dois trincos em campo.

Tal como se previa, as despesas da partida foram dadas propositadamente aos germânicos, tentando aproveitar o contra-ataque e as saídas rápidas, porém e na minha opinião, é uma decisão algo estranha e controversa, sobretudo porque a nossa seleção prima pela qualidade, técnica e capacidade de improviso. Do outro lado, a Alemanha, com fome de vitórias e a fazer e muito pela vida, encostou Portugal às cordas e só não marcou bem cedo porque o VAR anulou um golo, logo nos minutos iniciais. Completamente contra a corrente do jogo e na primeira vez que se aproximou da baliza de Manuel Neuer, Portugal faz golo. Contra-ataque perfeito e mortífero, iniciado por CR7, passando por Bernardo Silva e Diogo Jota, para ser finalizado por Cristiano Ronaldo. No entanto os germânicos responderam e em 4 minutos passaram para a frente do resultado com dois autogolos, Rúben Dias e Raphael Guerreiro, fixando o resultado parcial em 1-2.

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Para a segunda metade, Fernando Santos lança Renato Sanches para o lugar de Bernardo Silva, o que na minha opinião foi novamente uma decisão estranha, colocando o jovem português a fazer o corredor direito, quando ele é claramente mais forte ao centro. O cariz do jogo manteve-se e os golos apareceram com naturalidade com o conjunto alemão, primeiro por Kai Havertz e depois por Robin Gosens, quando Rafa Silva também já estava em campo. As facilidades eram de tal ordem que temeu-se números ainda mais vincados, mas o desacelerar dos alemães permitiu aos portugueses marcar mais um golo, por Diogo Jota depois de uma insistência de CR7. Até final, destaque para um remate portentoso de Renato Sanches ao poste, que caso tivesse entrado, poderia levar a uma ponta final interessante, mas o destino não quis que assim fosse.

Destaque individual para Diogo Jota, não pelo que jogou, mas pela assistência e pelo golo que marcou. Do lado alemão, Robin Gosens foi imparável do lado esquerdo e quase todas as situações de golo, passaram pelos seus pés.

Em suma, derrota pesada e preocupante, pois complicou as contas do apuramento. Portugal volta aos jogos na próxima quarta-feira, para defrontar a seleção da França, num desafio completamente decisivo.